quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Coisas


Sinto falta de coisas,
Coisas que nunca terei.
Sinto falta de pessoas
Que ainda conhecerei.
Sinto falta de livros que nunca li,
De amores que nunca vivi,
De lugares que não conheci
E sabores que nunca senti.
Sinto falta de um passado que já morreu,
De um momento que não aconteceu,
De um brinquedo que não é mais meu
E da garotinha que era eu.
Sinto falta do simples sentir,
Daquele sincero sorrir,
E a ânsia de ir
Procurar ser feliz.
Sinto falta de tudo,
Sinto falta do mundo,
Sinto falta de mim,
Sinto falta de sorrir,
Sinto falta de coisas que nunca terei…
— Coisas, Anjinha Cruz

terça-feira, 27 de agosto de 2013

The Bling Ring

Olá pessoal, vocês com certeza já devem ter assistido ou pelo menos ouvido falar do filme The Bling Ring, que conta com a sempre impecável atuação da diva Emma Watson, e relata historia de um grupo de amigos que invadiu e violou casas de vários famosos em Hollywood. Mas você sabia que essa gang realmente existiu?



Rachel Lee era a líder do grupo, e quem começou a brincadeira toda, juntamente com seu melhor amigo, Nick Prugo. No cinema, ela é vivida por Katie Chang, e recebe o nome de Rebecca.



Rachel foi quem teve a ideia, mas ela não teria conseguido por em prática se não fosse seu amigo Nick Prugo. Ele foi julgado e condenado a quase um ano de prisão, e na época chegou a contar como eles realizavam os roubos! Ele é interpretado por Israel Broussard, e ganha o nome de Marc.


Alexis Neiers, filha de uma ex-coelhinha da Playboy, pode não ser a líder da gang, mas com certeza é a mais publica. Estava às vésperas de estrear seu seriado quando foi presa, onde de inicio estava condenada a passar 180 dias, mas acabou passando apenas 30! É vivida pela eterna Hermione, Emma Watson e recebe o nome de Nicki.


Courtney Ames era a garota problema do grupo. Ela já havia sido presa antes por dirigir embriagada e por agressão, e no filme é vivida por Claire Julien, recebendo o nome de Chloe.



Tess Taylor, irmã adotiva de Alexis, foi a única a não ser indiciada pela justiça, mas não desgrudava da turma. No cinema ela é interpretada pela nossa Violet, Taissa Farmiga, e recebe o nome de Sam.

Bem, como as pessoas proximas de mim devem saber, eu tenho uma espécie de fixação por filmes baseados em fato reais, por isso estou louca para assistir este, que já lançou e até já deve ter saído dos cinemas, então quem sabe não demore muito para sair nas locadoras? Assim espero!
Veja o trailer:



Beijos queridos õ/

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A poesia vive em cada um de nós


Para mim a poesia é um sentimento.
Aperte o olhos, relaxe a miopia da vida e veja.
Ela paira em todo lugar,
no teu colo
nas tuas mãos
na calma da ilusão 
na agonia da espera
no teu amplo silêncio
no teu choro de alegria
na agressividade do não
na batida forte do coração
na liberdade de Kurt Cobain
na aceitação da velha solidão
na doçura da flor de chocolate
na afetividade do velho escrivão
na respiração da frase que te toca
no apego aos teus livros e canções
no deslumbramento aos pés do Cristo
na beleza estonteante do garoto punk
no civismo melodramático dos sindicatos
na demência do assassino na hora do tiro
no abalo sísmico da torcida na hora do gol
na fuga desesperada daquilo que te acabou
na catalepsia da rotina que esmaga e paralisa 
no domínio do amante te possuindo feito um cão
no dengo do terno e demorado abraço pela manhã
na cegueira de nossos governantes pobres de espírito
na disputa sã por um amor, uma flor, um amigo, um irmão 
na consciência que o mundo está ruindo bem a nossa frente
no embaraço de uma declaração de amor de olhos brilhantes
na fragmentação da vida para no final encontrar o teu começo
na discórdia sem nexo do mundo diante da minha sexualidade
na dignidade do trabalhador as 4 da manhã na estação central
no espanto perante a guerra e a destruição de vidas humanas
no horror da miséria exacerbada pela dor e alcoolismo do pai
no idealismo estampado na bandeira política do teu partido
na histeria completa na chegada dos Beatles ao aeroporto
na derrota ao ver uma amigo ir embora pra todo o sempre
na espiritualidade de Chico Xavier, Buda e Salvador Dali
na descrença de estar vivo depois de se sentir um vazio
no dilema entre o desejo e a necessidade do dinheiro
na empatia vibrante da resposta que te faz pensar
no constrangimento do primeiro olhar apaixonado
na genialidade das palavras de Chico Buarque
no autismo perante a covardia e inexpressão
na carência pelo toque, pelo beijo, pela mão
na amargura do abandono e da decepção
no brilhantismo de um texto bem escrito
na tentação pelo errado e inaceitável
nas entrelinhas da prosa detalhada
na convicção infame da realidade
serial killer de nossos sonhos
na lágrima que não escolhe 
na culpa de não estar lá
na tua pele cor de chá
na temperatura do ar
na saudade d’gente
em mim, em você
solta e imortal.
A poesia vive em cada um de nós.
— Elisa Bartlett